Informação sobre hipotireoidismo, causas, sintomas, prevenção e tratamento do hipotireoidismo, identificando os diversos tipos existentes.


Diagnóstico e Tratamento do hipotireoidismo congênito

O diagnóstico no Brasil para hipotireoidismo congênito é feito por meio de duas estratégias: uma recomendada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que utiliza a dosagem primária de TSH no cordão umbilical, em decorrência da alta precoce de nossos RNs, reservando a dosagem de T4 na mesma amostra para exame confirmatório; e a outra recomendada pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), cuja coleta se dá por punção de calcanhar na alta do RN, com dosagem primária de T4 seguida de TSH na mesma amostra como segundo exame. Ainda não existe um consenso quanto à melhor estratégia, porém o Ministério da Saúde, na Portaria GM/MS n° 822, recomenda o método da APAE.
Gauchard afirma que programas de triagem neonatal permitem o tratamento precoce, limitando as consequências do hipotireoidismo congênito na maturação do sistema nervoso central e nos resultados psicomotores e educacionais. O tratamento é baseado na reposição de levotiroxina. O objetivo da terapia inicial no recém-nascido é para minimizar a exposição do sistema nervoso central neonatal para hipotireoidismo normalizando a função tireoidiana, o mais rapidamente possível, como refletido por T4 e TSH .
O prognóstico mental está relacionado à precocidade do início do tratamento nas 3 primeiras semanas de vida. Hirschheimer e Picolli apud Medeiros afirmam que, quando o tratamento é iniciado por volta da sexta semana de vida, a probabilidade de a criança ter um QI normal varia de 55 a 90%.